Diferentes caminhos

As vezes, quando procuro por vagas de emprego, sou invadida por um sentimento de puro desgaste e insegurança. Em cada situação, esses sentimentos são desencadeados em mim por uma razão diferente, dessa vez a razão foi “por que eu sempre me candidato para coisas diferentes que, no final, eu não sou escolhida por não ter experiência naquilo? As pessoas devem achar que eu não sei o que quero, sendo que eu sei.”

Esse questionamento me fez lembrar do quão angustiada eu já estive por pensar que eu não sabia o que queria da minha vida. E agora, meses depois de finalmente ter pensado no meu propósito, em se eu apenas tinha deixado a vida me levar, ou ainda, se eu estava sendo exigente demais; aqui estou eu, recebendo mais um não.

É cansativo e nem sempre é possível ser otimista com a situação. E dessa vez, eu também não quero que as pessoas me digam como eu devo me sentir ou como eu sou boa no que faço e que alguém vai reconhecer isso. Agora, eu quero ser um pouco realista e um pouco pessimista. Tudo porque o que eu mais quero fazer é ocupar lugares, eu quero aquela vaga de emprego que me possibilitará olhar para outras pessoas como eu e dizer que ali também é o lugar delas se elas quiserem que seja. Quero poder ensinar coisas novas e aprender coisas novas.

Por um tempo, assim que eu entendi o que eu mais queria fazer, pensei diretamente em ser professora, aproveitar o mestrado e dar aulas em faculdades e universidades por aí. Qual é o melhor lugar para ajudar pessoas a encontrarem coisas que as façam felizes e curiosas? Que melhor lugar para dizer para pessoas que elas devem ocupar espaços que elas querem ocupar? Que melhor lugar para ensinar e aprender?

Mas conforme o tempo vai passando, o sentimento que tenho é que essa realidade, talvez, esteja tão distante que seja impossível para mim. Não porque eu não seja capaz, eu sei que sou, mas porque o mundo está da forma que está.

Em momentos assim, eu procuro por outras coisas. Outras vagas que tenham habilidades e competências que eu já tenho, mesmo tendo uma formação tão “aleatória”. E aí, aparecem as vagas “juniores” e mesmo assim, eu não sou escolhida. Porque, hoje em dia, quando dizem que querem uma pessoa “júnior” para um cargo, essa pessoa já precisa ter uma serie de conhecimentos a habilidades.

E mais uma vez, eu me sinto perdida, mesmo sabendo o que quero. A questão é que o que eu quero pode ser realizado de diversas formas e não só por um caminho “comum”.

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